Sou apaixonado por praia. O ritmo das ondas, a extensão da areia e o vento tocando a pele me empolgam. Obviamente, o melhor é entrar na água e aproveitar este presente de Deus.
Recife, a capital pernambucana, é um local indicado para um bom banho de mar. A cidade recebe esse nome por causa da peculiar atração de suas praias. Muros de rocha, chamados “arrecifes”, beiram toda a orla. Resultado? Formam-se deliciosas piscinas naturais para a criançada brincar e os adultos boiarem. Depois disso, descortina-se um imenso oceano azul, atrativo para os nadadores e surfistas. Porém, nesse local, uma sinalização estraga o mergulho. Várias placas vermelhas alertam os desavisados, com o desenho do peixão de dentes afiados: “Atenção! Área de tubarões. Proibido nadar!”
A maravilhosa praia da Boa Viagem, a mais concorrida, traz uma imagem incômoda: um monte de gente se apertando nos primeiros metros de água até os arrecifes. Nem uma viva alma arrisca o pé para lá da barreira de corais. Afinal, ninguém quer ver sua perna virar hambúrguer na boca do predador dos mares. Mesmo que nenhum policial proíba, qualquer surfista no mínimo inteligente procurará outras ondas para deslizar.
Já percebeu que por trás de cada aviso existe uma sábia proteção para nos ajudar? Quando seus pais dizem “não”, eles estão na verdade dizendo “sim” para sua felicidade. Voltar cedo para casa, ter cuidado com amizades estranhas, ser cortês e obediente, não experimentar nada desconhecido, enfim, isso é pura advertência protetora de quem quer seu melhor.
Quando morei em Recife, frequentemente eu me espantava com a notícia de algum nadador desobediente abocanhado por um tubarão. Os sobreviventes reconheciam: “Deveria ter obedecido à placa!” Que tal levar a sério os conselhos práticos que seus pais lhe dão? Eles sabem o que fará você feliz. Eles conhecem os bons lugares para você. E acredite: obedecer a quem nos quer bem é a melhor maneira de aproveitar a vida. Obedecendo, você não vai se arrepender.
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